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Transformar madeira, papelão e alumínio em malas faz parte da vida de Francisco Silvestre de Sousa, mais conhecido como Chico Maleiro.  Como acontece com frequência com muitos moradores na cidade de Juazeiro do Norte, na região do Cariri, viver da produção de arte é o ofício deste homem.
 

Não ter um emprego fixo para sobreviver pode ser preocupante na vida de qualquer pai de família, para Chico Maleiro isso nunca foi problema. Afinal, conseguir sobreviver quarenta e cinco anos  produzindo malas artesanais é motivo de orgulho para filhos e netos. 
As malas são produzidas com madeira, papelão, alumínio, pregos e pintadas  em tons de amarelo com traços que lembram  pinturas em formatos indígenas.


Seu Chico Maleiro tem 70 anos,  é natural de Juazeiro do Norte, e desde que aprendeu a produzir malas com seu irmão, nunca mais deixou de fazê-las. Hoje, mesmo aposentado, ainda as produz.

 

Ele conta que antigamente as pessoas não tinham onde guardar suas roupas e objetos pessoais e daí surgiu a produção deste tipo de malas, que serviam de armário e guarda-roupa. No início, a procura era grande, por volta de 60 malas por semana ele chegava a produzir.

 

Atualmente, não chega a 25 por semana. Está perdendo espaço para a facilidade de compra atual de móveis maiores, guarda-roupas, estantes, armários e malas modernas para viajar.

 

Apesar disso, as malas do seu Chico ainda despertam o interesse de moradores de Juazeiro do Norte e turistas, para viajar ou como um objeto decorativo. O tempo mudou a produção de malas, mas a forma original, a pintura e as cores vivas transformam suas malas em relíquias artesanais que encantam o olhar.

© 2016 Narrativa Vertical. Laboratório de Jornalismo Digital. Curso de Jornalismo - UFCA

Por: Emanuel Marques e Lídia Costa

Orientação Profª Milene Madeiro

Edição de Vídeo: Lamonier Souza

Edição web: Hanna menezes

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